E por que talvez você esteja vendendo ela barato demais
Você já calculou quanto vale a sua hora?
Não o que te pagam por ela?
Mas quanto ela vale de verdade, considerando o que você entrega, abdica e sustenta com ela?
Porque tem muita gente trabalhando 12 horas por dia, ganhando bem…
mas trocando tempo de vida por muito menos do que merecia.
A ilusão do valor bruto
Você vê o valor do plantão, do atendimento, do contrato.
Mas não calcula o custo real da sua hora.
Exemplo:
Você recebe R$ 1.200 por um plantão de 12h.
Mas:
- Leva 1h pra chegar e 1h pra voltar
- Dorme mal no dia seguinte
- Gasta com alimentação, café, desgaste físico
- Fica 24h improdutivo após o turno
- Perde um compromisso pessoal ou familiar importante
Na prática, esse plantão custou 16 horas da sua vida — e te pagou R$ 75 por hora bruta.
E líquida?
Talvez menos de R$ 50.
O valor da sua hora não está só no quanto você ganha
Está no quanto você entrega. E no quanto ela te custa.
Se a sua hora te suga energia, saúde e liberdade,
mas não está sendo usada para construir um caminho de autonomia,
então você está vendendo sua vida por menos do que ela vale.
Como descobrir quanto sua hora vale de verdade?
- Calcule o seu custo fixo mensal (quanto custa sua vida para existir com dignidade)
- Adicione seus objetivos financeiros (reserva, investimentos, liberdade)
- Divida esse valor total pelas horas reais que você trabalha (com deslocamento, recuperação, tempo improdutivo incluso)
O resultado é seu custo-hora de sobrevivência.
E agora você pode compará-lo com:
- O que te pagam por hora
- O tempo que você perde com o que não gera valor
- O quanto vale sua paz e seu propósito
E se sua hora estiver barata demais?
- Negocie melhor
- Otimize seu tempo (menos tarefas, mais estratégia)
- Crie fontes de renda com escala
- Invista o que sobra para que o dinheiro comece a trabalhar no seu lugar
- Reavalie onde está colocando sua energia
Conclusão
Sua hora é vida. E a vida não é renovável.
Você pode sempre ganhar mais dinheiro.
Mas não pode comprar de volta uma hora mal vendida.
Por isso, antes de aceitar o próximo plantão, o próximo contrato, a próxima troca de tempo por dinheiro, se pergunte:
Esse valor está alinhado com o que minha hora realmente vale?
Ou estou trocando muito por pouco — só porque nunca parei pra fazer essa conta?